
Para Henry Evaristo
"Aquilo a que você resiste, persiste" (Carl Jung)
Cediço, minha angústia. Oculta, porém, sua causa. Vi, certa vez, no mais abissal vale da existência, uma possibilidade. Com ela entabulei o mais desafiador dos colóquios. Sua filosofia perscrutava a luz que reside nas trevas. A escuridão abismal do espírito. O negrume inescrutável do corpo.
A claridade mãe, ascendência irrevogável de toda sombra, falava-me de sua ubiquidade, e de como somos ludibriados pela esperança vã que destila. Então, penetrei as garras ansiosas de vontade, o mais profundamente possível. Em verdade, desafiei, aí, mesmo o impossível.
A hipótese perquirida na alongada depressão, entre montes feéricos, da vicissitude daquela realidade, me animava à tanto. Conquanto ignorasse, eu, o preço. Todavia, o logro é a moeda de troca, intransferível. Sempre. Pois, após o ineludível júbilo, fruto das andanças nas mágicas plagas do diálogo inusitado, veio célere a cobrança.
Férrea, impassível, fez-me gritar as dúvidas, tapando os ouvidos em espartana educação. Apontou, riste, a imane distância que acusava um horizonte remoto, fruto da cegueira declarada.
Ao deixar-me, levou a densidade. As sombras entrevadas. Arrastou, também, a escuridão.
Sabe, pois, agora, a semente da aflição a profligar-me. Como pode, ser que teima investigar, passar os dias caminhando o solo infértil da distância? Do belo? Do feio? Do bem, e do mal? Os ventos notáveis da indiferênça sussurram ao meu ouvido: aquilo a que você resiste, persiste. Cediço, assim, minha angústia...
A claridade mãe, ascendência irrevogável de toda sombra, falava-me de sua ubiquidade, e de como somos ludibriados pela esperança vã que destila. Então, penetrei as garras ansiosas de vontade, o mais profundamente possível. Em verdade, desafiei, aí, mesmo o impossível.
A hipótese perquirida na alongada depressão, entre montes feéricos, da vicissitude daquela realidade, me animava à tanto. Conquanto ignorasse, eu, o preço. Todavia, o logro é a moeda de troca, intransferível. Sempre. Pois, após o ineludível júbilo, fruto das andanças nas mágicas plagas do diálogo inusitado, veio célere a cobrança.
Férrea, impassível, fez-me gritar as dúvidas, tapando os ouvidos em espartana educação. Apontou, riste, a imane distância que acusava um horizonte remoto, fruto da cegueira declarada.
Ao deixar-me, levou a densidade. As sombras entrevadas. Arrastou, também, a escuridão.
Sabe, pois, agora, a semente da aflição a profligar-me. Como pode, ser que teima investigar, passar os dias caminhando o solo infértil da distância? Do belo? Do feio? Do bem, e do mal? Os ventos notáveis da indiferênça sussurram ao meu ouvido: aquilo a que você resiste, persiste. Cediço, assim, minha angústia...