Sabe você o que pode sublimar a sanha? Tranquilize-se, caso a resposta seja um tonitruante não! Pois, em respeito à verdade, sendo o primeiro valor entorpecido pelo relativismo registrado dos vícios e das virtudes, ninguém o sabe. Forçoso dizer, ninguém que sofra da mesma ascendência biliosa que me forma. A natureza inexorável da fúria que reclama inopinada!
Se, apenas por um átimo, nada além disto, soubéssemos existir tal conhecimento, mesmo descansando sob sombras d’algum consciente, o furacão desolador da esperança já haveria de nos ter manifestado seus irreconhecíveis sintomas. Mas, se o são, como sabe-los? Cruciante armadilha filosófica a nos assombrar durante todos estes anos onde a matemática se perde na tentativa de mostrar sua ciência, e apenas o saber originado da mesma espécie fornecer-nos-ia o alívio a inicial pergunta. Nós, filhos da sofreguidão, não o temos. Só conjeturamo-lo. Assim, a sensação da resposta, ou melhor, das respostas, é inescrutável ao preço que costuma cobrar a carne, o sangue envolto na dor da avidez.
Sobra-nos? Dentes que se querem presas. Unhas que reclamam-se garras. Vísceras que proclamam-se valhacouto iniludível. Uivos que se afirmam trovões, arautos do mal inescapável. E, para questão primeira, nada. E esta falta recrudesce as afirmativas do inicio deste parágrafo. E legaliza, sem apelações, aquilo delas resulta. Viceja assim a vontade imiscuída no cerne da necessidade, que vive a alimentar o mecanismo perpétuo a fustigar as entranhas. Neste momento intensificamos o perquirir à pergunta que abre este breve relato. Mas, no confronto do recrescer, a dúvida enfraquece na sombra do desejo, na força da vontade. Aquele que não tergiversa na hora da refeição. No momento de mastigar e engolir. Então, sobra-nos? Aceitar aquilo para que somos aptos, onde a seleção nos quis.
Correm, bufam, gritam, choram. Encalistra-me o desespero irrefreável. A completa ausência de espírito. Só o medo dirige-os. E este está sempre perdido em sua direção. Conquanto necessário, faz vítimas estúpidas, caso não veja que pede, ele, por enfrentamentos. E nunca o fazem. Sabe, alguém, o que pode sublimar a sanha? Ninguem escuta. As pernas em rápido e desordenado deslocamento é a resposta. Errada. Atiça-me, só. Nada mais. O que fazer? Resolvo este conflito da única, até agora, maneira que sei. Que conheço. Ataco. Rasgo e mordo. Mordo e rasgo. Mastigo e engulo. Sugo. Uivo. E ouço. Sempre. A mesma ladainha. Esqueço a pergunta. Estou tranqüilo com a resposta.
Se, apenas por um átimo, nada além disto, soubéssemos existir tal conhecimento, mesmo descansando sob sombras d’algum consciente, o furacão desolador da esperança já haveria de nos ter manifestado seus irreconhecíveis sintomas. Mas, se o são, como sabe-los? Cruciante armadilha filosófica a nos assombrar durante todos estes anos onde a matemática se perde na tentativa de mostrar sua ciência, e apenas o saber originado da mesma espécie fornecer-nos-ia o alívio a inicial pergunta. Nós, filhos da sofreguidão, não o temos. Só conjeturamo-lo. Assim, a sensação da resposta, ou melhor, das respostas, é inescrutável ao preço que costuma cobrar a carne, o sangue envolto na dor da avidez.
Sobra-nos? Dentes que se querem presas. Unhas que reclamam-se garras. Vísceras que proclamam-se valhacouto iniludível. Uivos que se afirmam trovões, arautos do mal inescapável. E, para questão primeira, nada. E esta falta recrudesce as afirmativas do inicio deste parágrafo. E legaliza, sem apelações, aquilo delas resulta. Viceja assim a vontade imiscuída no cerne da necessidade, que vive a alimentar o mecanismo perpétuo a fustigar as entranhas. Neste momento intensificamos o perquirir à pergunta que abre este breve relato. Mas, no confronto do recrescer, a dúvida enfraquece na sombra do desejo, na força da vontade. Aquele que não tergiversa na hora da refeição. No momento de mastigar e engolir. Então, sobra-nos? Aceitar aquilo para que somos aptos, onde a seleção nos quis.
Correm, bufam, gritam, choram. Encalistra-me o desespero irrefreável. A completa ausência de espírito. Só o medo dirige-os. E este está sempre perdido em sua direção. Conquanto necessário, faz vítimas estúpidas, caso não veja que pede, ele, por enfrentamentos. E nunca o fazem. Sabe, alguém, o que pode sublimar a sanha? Ninguem escuta. As pernas em rápido e desordenado deslocamento é a resposta. Errada. Atiça-me, só. Nada mais. O que fazer? Resolvo este conflito da única, até agora, maneira que sei. Que conheço. Ataco. Rasgo e mordo. Mordo e rasgo. Mastigo e engulo. Sugo. Uivo. E ouço. Sempre. A mesma ladainha. Esqueço a pergunta. Estou tranqüilo com a resposta.
2 comentários:
Um conto da mais sombria essência lupina.
Victor, achei a abordagem bem interessante para o tema, que é muito propenso a clichês.
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