Henry é um daqueles caras que não passa despercebido pela sua vida. Com sua inteligência afiada, nos mostra como esta é muito maior que os nossos desejos, que nossos propósitos egoístas. Conversar com este acriano é um aprendizado grandioso. Suas opiniões nos provocam, nos tiram do lugar comum, nos mostram como deveríamos buscar por aquilo que presunçosamente achamos saber. Henry é uma metralhadora giratória contra costumes anacrônicos, contra dogmas ingaros. O acriano usa as palavras para desorientar (isso mesmo! que delícia, não?)e, assim, conduzir-nos, sem mostrar o óbvio, à perguntas que deveriam ser constantes em nossa vida acomodada. Aliás, inconformar-se é vital ao senhor Evaristo. E como ele faz isto com maestria. Aprendo um turbilhão de esquemas e revejo um outro de conceitos, quando converso com este mestre, ou quando leio seus textos. Ele está aqui comigo. Meu mestre, meu amigo, meu irmão. Uso de eufemismo e digo que ele, de repente, sumiu. Não acredito em alma, espírito, outros mundos, outras vidas. Acerdito nele. Em seu exemplo. Que, para mim, será perene. Enquanto estiver eu a andar neste mundinho. Por isso usei todos os verbos no presente. Henry, obrigado por tudo.
4 comentários:
Ele continuará vivo para sempre, pois as palavras,das quais era senhor absoluto, são imortais...
Lendo seu texto, lembrei das vezes, há muito tempo atrás, parece séculos que o conheço, discutíamos religião e outros assuntos até as 4 da madrugada... acho que pensamos meio parecido, porém, discordamos em tantas partes... interessante...
Lembro de tanta coisa boa que passamos, na IS, no Fórum...
Que saudade...
Para nós que fazíamos parte da vida online dele ou, melhor ainda, tínhamos ele como um dos nossos, naquele grupo de pertecimento tão querido, a comoção é grande! Você, Victor, que mantinha conversas no msn, como outros tantos do grupo, deve ter conhecido um Henry até mais Henry de ser do que eu, que trocava ideias apenas no forum ou, de quando em vez, através de e-mails. Há coisas que nem eu sabia sobre a família dele.
Ontem e hoje, ainda me pego a ruminar pensamentos sobre a sua figura, o pressentimento que talvez ele tivesse da morte que se aproximava, talvez daí, o fato de ele ter passado para o Poleto e o Barreto as rédeas do Forum, como que antevendo que, de repente, ele iria partir. Fico imaginando o que se passaria naquela cabeça ao pensar na falta que iria fazer à familia e aquelas criaturas reunidas nas distâncias deste Brasil.
Você nesta horas cria um mundo paralelo só pra você e tenta resgatar algo, assim, de como seria isso o aquilo... e ele foi cedo! Faltava-lhe ainda um reconhecimento maior do que conseguiu na proporção do talento que tinha!
Mas fazer o que? A vida é muito dura... e a morte também!
A saudade já e grande!
Amigo Victor, finalmente venho aqui reler e deixar algumas palavras nesta comovente homenagem ao Henry. Alguém disse em algum lugar, que a ausência é tão significativa quanto a presença, pois é, ainda mais quando se trata de uma persona tão marcante quanto a do mestre, impossível esquecer o Henry.... saudades muitas.
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